Crítica | Irresistível (Netflix)

O longa sobre sátira política Irresistível, acabou de chegar a Netflix. O longa dirigido pelo comediante Jon Stewart, e estrelado por Steve Carell, até começa bem, mas seu segundo ato, e principalmente seu desfecho, jogam o filme num mar de apatia.

No longa, acompanhamos a história de Gary (Steve Carell), um estrategista democrata que tem o grande desafio de conseguir votos para Jack Hastings (Chris Cooper), um veterano de guerra, que tenta se candidatar a prefeito em uma cidade conservadora de Wisconsin. Mas, quando o Partido Republicano descobre a estratégia, eles colocam Faith (Rose Byrne) no jogo, uma estrategista política de direita. Ela é uma antiga rival de Gray que fará de tudo para acabar com seus planos e derrotar seu candidato.

Vale a pena?

Irresistível entrou no catálogo da Netflix sem muito alarde, e é quase esse sentimento que o filme passa. Ele começa demonstrando certo grau de ser promissor, porém, o longa cai num mar de desgraça ao longo do caminho. O filme só encontra seus melhores momentos, quando ele decide falar sobre o sistema político americano, e as formas pelas quais os partidos obtem verbas. Entretanto, a partir do terceiro ato, o filme se transforma em outra coisa, onde fica claro, a pobreza do roteiro de Stewart, e sua condução.

Se num ponto ele é ruim, no outro também. Tudo no longa parece caricato, o cenário, os personagens, tudo. Jon Stewart ao final do longa, deixa claro que não está em busca de culpar ninguém, e fica até feio, a justificativa que o filme encontra, para subir em cima do muro, e repousar na neutralidade.

Steve Carell é o unico resquício de comédia que o longa propõe. Entretanto, nem seu carisma, que é a única coisa que consegue arrancar um risinho no filme, é capaz de salvar o projeto de Stewart. Uma pena que uma ideia tão promissora, acabe perdida e sem rumo.