John Wick 4: Baba Yaga | O Filme do Ano

John Wick 4: Baba Yaga | O Filme do Ano

John Wick 4: Baba Yaga acaba de chegar aos cinemas brasileiros. Junto a ele, uma legião de fãs que acompanha Keanu Reeves no papel do nosso anti-herói favorito. Após três filmes bem consolidados, a equipe aposta em um quarto filme da franquia com uma trama e temática extremamente ousada e ambiciosa. A simplicidade do primeiro filme trouxe a grandiosidade do personagem que refletiu diretamente na produção do filme que, desde o segundo, traz verdadeiros espetáculos para a tela.

Após o terceiro filme, John Wick vê o prêmio por sua morte cada vez mais alto e busca liberdade da sua maneira: matando quantos forem necessários. O filme tem relação direta com o antecessor, mesmo que funcione como filme solo por causa das belíssimas cenas, o enredo precisa ser acompanhado desde o primeiro.

Vale a pena?

Primeiramente, John Wick 4: Baba Yaga é um filme visando os apreciadores da franquia. Não tem motivo para chamar público novo, já passou o tempo. Em suma, o que eles resolvem entregar, é aquilo que deu certo nos últimos três filmes. Na teoria, condensar grandes acertos, colocá-los numa produção ainda maior e fazer isso durante muito tempo. Dessa forma, temos o nosso filme, para os fãs um grande service, para os que não gostam, uma aula de cinema.

Há muito tempo, eu já venho dizendo que ser original é difícil, principalmente em um ambiente que proporciona conteúdo genérico freneticamente. Portanto, inovar em filmes de ação já é difícil, mas uma vez cumprida a missão, como inovar no quarto filme da franquia?

Com certeza parece ser uma tarefa extremamente difícil, mas se eu estou trazendo esse ponto é porque John Wick faz de tudo. Goste ou não, esse filme é uma aula de cinema, dos cenários mais minimalistas aos mais detalhados. Vimos cada escolha minuciosa fazer efeito e refletir sobre o que está sendo passado em tela. Podemos ver grandes referências culturais, cenas com brilhos característicos da trilogia e a assinatura do diretor em todos os quatro filmes. Não só isso, mas também todas as visitas que fazemos aos filmes anteriores, porém com mais grandiosidade e extremamente épico.

A principalmente característica do filme é beleza. Tudo aqui feito é belo, desde o design de produção até as coreografias muito bem ensaiadas de luta. O personagem do Donnie Yen é o melhor antagonista da franquia, ele é extremamente original e com um jeito bastante único. Apesar dos exageros postos nele, o trabalho do ator beira a perfeição, principalmente o seu jeito corporal dentro e fora da luta. Aqui é mostrado a mudança do personagem, suas ambições e seu caráter, ninguém julga o antagonista, não esse.

Genialidade

A escolha das ambientações pra mim foi o grande acerto, assim como nos outros filmes. A icônica sequência na balada já virou um clássico no cinema e grande parte do mérito é a ambientação e a imersão que temos naquele lugar. Aqui, como eu disse, foi usado diversos adereços que funcionaram nos outros filmes, porém potencializados para nos dar um filme ainda mais épico. Dessa forma, vimos mais maneiras de morrer, lutar, correr e até de barganhar. O vilão do Bill Skarsgard no papel é extremamente genérico, mas, com o talento do ator, parece que aquilo tudo se justifica.

Todas as fragilidades que o filme apresentou e podia apresentar, ou foram amenizadas por serem previamente detectadas ou foram transformadas em um exagero proposital e útil. Eu sinto que o filme nunca saiu das mãos do diretor e, por isso, entrego o filme mais bonito da franquia. Eu espero muito que as pessoas enxerguem o objetivo e a beleza desse filme.

A trama é bem simples, mas com ótimas ramificações que dão um longo filme com cenas incríveis e memoráveis. Algumas cenas e diálogos caem no genérico, mas nada que fará um grande peso na nossa imersão. Espero ver de novo o quanto antes.

Keanu Reeves brilha mais uma vez com sua atuação corporal. O personagem calado e mecânico combina demais com esse ator e precisávamos do ator perfeito para falar através do corpo, a missão aqui foi cumprida. Então, recebemos um grandioso filme com alguns pecados no exagero, mas extremamente consciente. Em suma, para os fãs um completo paraíso, para os que não gostam, uma aula de cinema.

Acredito que esse filme fique um pouco atrás do primeiro, mas com certeza é um dos melhores filmes da franquia e o melhor filme do ano, até agora.

Avaliação: 4.5 de 5.

Ficha Técnica

Título original: John Wick Chapter 4
Direção: Chad Stahelski
Gênero: Ação
Duração: 169 min
País: Estados Unidos
Ano: 2023
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

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