Napoleão: Um épico, nada épico

Napoleão: Um épico, nada épico

Resumo – Napoleão

Nos seus primeiros anos na casa dos 20, ao explorar pela primeira vez o estúdio que mais tarde se tornaria o cenário de “Cidadão Kane”, Orson Welles expressou a analogia cinematográfica de que os filmes eram como o conjunto de “Autoramas” (originalmente ele fala “Trens elétricos”) para um jovem. Essa influência marcante transcendeu até Ridley Scott, renomado por dirigir épicos históricos grandiosos, como “Gladiador” e “Reino dos Céus”. Nestas obras e em seu mais recente projeto, “Napoleão”, Scott, à semelhança da metáfora de Welles, brinca com imensos conjuntos de trens, representados por máquinas grandiosas, deslumbrantes e capazes de transportar e dominar.

Em “Napoleão”, o enredo se estende desde o delírio sangrento da Revolução Francesa até os campos de batalha que abrangem a Europa, África e, de forma catastrófica, a Rússia. No entanto, contrariando as expectativas associadas ao diretor Ridley Scott, o filme se revela inusitadamente monótono. Oscilando entre a tentativa de ser um épico, uma sátira ou uma biografia do Imperador Francês, o filme não consegue firmar-se em nenhuma dessas categorias. O resultado é uma experiência que faz o espectador sentir que o tempo se arrasta, questionando quanto falta para o desfecho da narrativa.

Erros Históricos

Enquanto um épico de gênero histórico, esta produção conta com uma equipe de revisão de roteiro composta por renomados historiadores. Apesar disso, o diretor Ridley Scott optou por menosprezar o trabalho desses especialistas, adotando uma abordagem mais sensacionalista e nada convencional. O objetivo? Deixar uma marca duradoura no público por meio dos “Feitos Históricos” de Napoleão.

Napoleão na Execução de Maria Antonieta

O enredo tem início com a dramática execução da rainha da França, Maria Antonieta, ocorrida em 16 de outubro de 1793, na Praça da Concórdia, em Paris. Contrariando a realidade histórica, onde Napoleão estava a mais de 800 km de distância de Paris – liderando o exército no Cerco de Toulon, uma batalha crucial que recuperou a região portuária das mãos britânicas. O diretor escolheu destacar a conexão do futuro imperador com a queda da monarquia francesa, conferindo uma perspectiva única ao evento.

Ataque Inusitado às Pirâmides

Em julho de 1798, Napoleão liderou a Batalha das Pirâmides, no Egito, momento apresentado no filme como o início da dominação napoleônica. Ridley Scott, no entanto, tomou consideráveis liberdades nesta representação. No longa, o exército francês atira no topo de uma das pirâmides, algo não corroborado por diversos historiadores. Uma lenda antiga sugere que Napoleão atirou no nariz da Esfinge, outro ponto egípcio icônico, mas é amplamente documentado que o nariz já estava danificado antes da chegada da tropa francesa. Essas representações não convencionais proporcionam uma narrativa envolvente, mas divergem dos eventos históricos registrados.

Conclusão

É um Filme no máximo medíocre, mas tem alguns aspectos que acabam por deixá-lo menos pior, um deles é a atuação do Joaquim Phoenix, que conseguiu entregar a periculosidade que a figura Napoleão passava pra época.

Avaliação: 2.5 de 5.

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