O Anuncio
Enquanto uma pessoa que cresceu assistindo a “Fuga das Galinhas”, fiquei animado e apreensivo na mesma medida quando anunciaram um novo filme da série. Isso aconteceu porque o final do primeiro filme é fechado e não deixa espaço para uma continuação. Mesmo estando apreensivo, acompanhei a data de lançamento dia após dia.
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No entanto, quando o dia do lançamento chegou, fui prontamente assistir ao filme para formular uma crítica. Meu principal receio era que o filme perdesse as críticas “antissistema” que fazem parte da obra original. No entanto, constato que o filme é uma continuação à altura da série.
O Primeiro Filme
“Fuga das Galinhas” se tornou um ícone cultural justamente por essa critica a forma que vivemos nossas vidas. Vivendo sempre produzindo até o dia em que deixamos esse mundo. O filme demonstra isso que nos primeiros minutos de filme já somos bombardeados com uma dura verdade: O Filme não é sobre Galinhas.
“As cercas não cercam só as granjas, mas também estão em nossas cabeças”
Ginger (A fuga das Galinhas – 2000)
O filme fala sobre como uma ação organizada, pode ser usada como forma de emancipação da classe trabalhadora e como isso é a única saída da lógica capitalista. Ginger (a protagonista) entende que a vida que o destino da vida no galinheiro é o Abatedouro, e se nega a continuar no galinheiro. E melhor, ela se nega a deixar que suas companheiras passem por esse destino tão cruel.
O filme envelhece cada vez melhor, justamente pelo trabalho atencioso do estúdio de animação em Stop Motion, e por conta da metáfora escancarando as Contradições do Sistema Capitalista. Com o passar dos anos esse virou um Clássico, tanto para estudo de animação, quanto para construção de roteiro.
Dawn of the Nugget (2023)
Aí chegamos ao Segundo filme da série. Meus medos de não ser aos pés do original cairam por terra. “Fuga das Galinhas 2: Dawn of the Nugget”, é bom. e não perde sua critica antissistema. Se no primeiro filme temos uma ação organizada de trabalhadores pela própria emancipação. No segundo filme temos que, se a emancipação é apenas para um grupo de pessoas, essa emancipação não serve.
Apesar de ser mais fraco, o filme ainda sim consegue cativar um publico mais jovem. A maior diferença, é a melhora na qualidade da animação. Isso pode se dar por diversos motivos, mas principalmente pelo avanço da tecnologia.
A narrativa, decorre a nos mostrar uma Granja mais tecnológica que faz com que as galinhas não tenham acesso a suas próprias emoções e preocupações para “não deixar a carne dura”. Isso por si só já é uma critica da dessensibilizarão que sofremos dia após dia. Enquanto no filme a galinha escolhida pro abate é “sortuda”, na nossa vida aqueles que acabam por desistir da mesma são vistos como Fracos, ou “Já deram o que tinha que dar”
O fim do filme mostra a nossa Ginger nossa protagonista, não só acabando com o perigo que a Granja Tecnológica representa, mas também entendendo que todas as galinhas do mundo merecem a emancipação. Assim tendo no fim do filme uma sequencia em que presenciamos a exportação da revolução pra outras Granjas.
O Filme ainda é forte, todavia tem menos impacto que o filme original da série.
Trailers
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ótima crítica! ainda não assisti ao novo filme, mas é interessei por assistí-lo depois de ler aqui sobre as metáforas utilizadas pelo filme na crítica ao capitalismo e a desumanização que ele promove!
⭐⭐⭐⭐⭐
esse filme dá uma nostalgia danada, curti a review e me deixou curioso pra dar uma olhada no lançamento!!!!
nossa mano, eu adorei esse filme
Po, que analise gostosa de ler! To hypado pra ver o filme e vou até assistir amanhã o 1 pra lembrar o que rolava. Parabéns ao escritor e ao editor, conteúdo ta ficando massa!