O tão esperado O Caminho dos Reis, de Brandon Sanderson, chegou ao Brasil no mês passado e alegrou todos os fãs do autor. Em meio a suas mil e duzentas páginas, Sanderson constrói um pano de fundo épico, com guerras, mistérios e a constituição de uma lore incrível. Mas, tenho que admitir, o processo de leitura é um pouco mais lento, pelo menos para a redatora que vos fala. É por isso que tomei a decisão de fazer uma review básica primeiro antes de fazer um aprofundamento da trama “sandersoniana” a que somos apresentados neste primeiro livro de uma série de esperados 13 livros.
Bom, do que se trata O Caminho dos Reis?
Roshar é um mundo de pedras e tempestades. Essas estranhas tormentas, de incrível poder, varrem o terreno rochoso com tanta frequência que terminaram moldando não apenas a ecologia, mas também a civilização. Animais que se escondem em conchas, árvores de galhos rígidos e uma vegetação que se retrai e se revela. As cidades só podem ser construídas onde a topografia oferece abrigo.
Já se passaram séculos desde a queda das dez ordens conhecidas como os Cavaleiros Radiantes, mas suas Armaduras e Espadas Fractais permanecem: objetos místicos que transformam seres comuns em guerreiros praticamente invencíveis. Homens dão seus reinos em troca das Espadas Fractais. Guerras são travadas por elas, e são elas que garantem a vitória. Uma dessas guerras ocorre em uma paisagem inóspita conhecida como Planícies Quebradas. Lá, Kaladin, que abandonou seus estudos de medicina em troca de uma lança para proteger seu irmão mais novo, foi reduzido à escravidão. Agora, em meio a um conflito que parece não fazer sentido, no qual dez exércitos lutam isoladamente contra um único inimigo, Kaladin busca manter seus homens enquanto sonda os outros líderes. O Luminobre Dalinar Kholin comanda um dos exércitos.
Assim como seu irmão, o falecido rei, ele é fascinado por um texto antigo chamado “O caminho dos reis”. As visões dos tempos antigos e dos Cavaleiros Radiantes o fazem duvidar até da própria sanidade. Do outro lado do oceano, a jovem Shallan, ainda inexperiente, procura realizar seu treinamento com a Luminosa Jasnah Kholin, a sobrinha herege de Dalinar. Embora aprecie o aprendizado, a motivação de Shallan não é tão nobre assim. Enquanto planeja um roubo um tanto ousado, a pesquisa que faz para Jasnah sugere segredos dos Cavaleiros Radiantes ― e a verdadeira causa da guerra.
Primeiras Impressões
O Caminho dos Reis é até um desvio da norma dentro do universo de escrita do Brandon Sanderson, que grande parte das pessoas já conhece. A obra tem um pano de fundo de guerra e uma variedade surpreendente de seres, lendas e objetos fantásticos que acabam fazendo até o mais desatento dos leitores se prender aos detalhes desta trama épica.
O que posso dizer logo de início é que essa primeira parte de As Crônicas da Guerra das Tempestades nos mostra como o autor não está com pressa em nos mostrar todas as características universais. Ele leva seu tempo para montar cada parte do universo enquanto nos apresenta aos protagonistas que, por sinal, são bastante carismáticos. Kalladin e Shallan são, certamente, uma centelha muito entusiasmante do que está a ser mostrado. Afinal, suas histórias, já no começo, coloca-nos nessa espera excitante para entender o que irá acontecer com cada um deles.
Enquanto isso, somos pegos pela curiosidade de descobrir mais sobre os elementos mágicos, como as espadas fractais, os Cavaleiros Radiantes e até mesmo as espécies que são colocadas a frente de cada cenário. Isto é, a mecânica do chamado worldbuilding consegue tornar a história bastante interessante. Sinceramente, o clima que se instaura através da leitura é de atenção total, uma procura extasiante para juntar as peças que movem toda a trama.
Enfim, até agora, a história se mostrou num movimento muito bom. A escrita de Sanderson, por si só, é impactante, o que torna a leitura prazerosa e, com certeza, merece todo o crédito que leva por todo o mundo. De todo modo, acredito que quem gosta de um bom livro de fantasia vai se interessar por “O Caminho dos Reis”, seja pelo pano de fundo ou pelo entrelaçar das subtramas que tomam os pensamentos do leitor.
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