O Castelo de Gelo é uma doce surpresa – Resenha

O Castelo de Gelo é uma doce surpresa – Resenha

Em se tratando da conectividade que temos em relação ao mundo, a cultura global se faz, de fato, importante para agregar conhecimento de diferentes países. Filmes, séries e até músicas podem fazer parte desse ponto de conexão entre culturas, assim como a literatura. Nesse contexto, O Castelo de Gelo é um livro de Tarjei Veersas, autor norueguês que é considerado um dos maiores nomes da literatura do país.

O livro lançado em 1963 tem um roteiro deslumbrante em suas quase 200 páginas. Vesaas trabalha as dicotomias humanas de forma ímpar em sua obra celebre. O Castelo de Gelo se passa em um cenário de inverno da Noruega, explorando a temática do fim da infância. Nossas protagonistas são o que chamamos de pré-adolescentes e enfrentam alguns dramas em suas vidas. Enquanto a Unn é mais tímida e reclusa, Siss é extrovertida. É aquele típico alinhamento de amizade em que as duas pessoas são bastante diferentes. Mas tudo munda quando Unn desaparece nessa construção antiga que remonta um verdadeiro Castelo de Gelo.

Conheça a História

‘Em meio ao frio cortante e à escuridão do fim do outono norueguês, um vínculo singular aflora entre duas meninas. Siss é popular, a líder da escola. Unn é solitária, mas tem uma personalidade marcante. Publicado em 1963, o melancólico romance O castelo de gelo rendeu a Tarjei Vesaas o Prêmio de Literatura do Conselho Nórdico, que destacou “o estilo sensível que transforma realidades interiores em uma visão sublime da solidão humana e da busca por companhia”.’

Vale a Pena?

Antes de tudo, este livro é uma grande surpresa. Não só ele como matéria, sua estruturação ou as tomadas de decisão do autor ao escrevê-lo, mas também pelo fato de nunca ter ouvido falar nele. Acredito que não exista melhor adjetivo para descrevê-lo do que sutil. A narrativa de Vesaas é, mais que um arcabouço deslumbrante, um acontecimento histórico.

A paisagem invernal construída pelo autor não passa despecebida aos olhos, mas não se enganem, nada aqui é desproposital. O inverno escadinavo (assim como para grande parte dos países do hemisfério norte) é uma característica chave para muitos dos trabalhos literários que temos o prazer ou desprazer de ler. Isto acontece porque as estações dos ano, para a arte como um todo, são formas de expressão do sentimento. O inverno, por exemplo, expõe a parte mais melancólica do ano, é usado como um símbolo da tristeza, do arrependimento, de sentimentos mais sombrios etc.

Nessa perspectiva, vamos descobrindo e remontando os traços de personalidade cada personagem. Há um ponto de conexão verdadeiro com elas. E talvez essa seja a razão para que esta leitura seja rápida. Em contraponto a isso, nós somos apresentados a uma narrativa densa, que não é tão fácil a língua. Apesar disso, o livro falha um pouco no desenvolvimento de sua história. Ele levanta muitos questionamentos, mas nem todos são respondidos. Porém, o que nos é apresentada aqui é uma experiência grandiosa, que vale muito a pena encontrar. Porque, apesar de suas poucas falhas, ela consegue nos chamar atenção em todos os seus apectos.

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Ficha Técnica

Nome: O Castelo de Gelo (Is-slottet)

Editora: Todavia

Nº de páginas: 193

Nota:

Avaliação: 4 de 5.

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