Crítica | O Diabo no Tribunal (Netflix)

Crítica | O Diabo no Tribunal (Netflix)

Novo documentário da Netflix, O Diabo no Tribunal chegou ao catálogo do serviço nesta semana. Obra do diretor Christopher Holt, o material busca explorar as bases da única vez em que possessão demoníaca foi usada como defesa num julgamento de homicídio nos EUA. Além disso, o documentário joga dúvidas sobre os casos dos famosos investigadores do paranormal Ed e Lorraine Warren, tentando olhar um outro lado das histórias de terror dos dois.

Assim sendo, O Diabo no Tribunal explora a primeira – e única – vez que “possessão demoníaca” foi oficialmente usada como defesa num julgamento de homicídio nos EUA. Incluindo relatos em primeira mão de uma alegada possessão demoníaca e de um assassinato chocante, esta história extraordinária força a reflexão sobre o nosso medo do desconhecido.

Vale a pena?

O mês de outubro costuma trazer uma enxurrada de produções voltadas para o terror. E nos últimos anos, os casos do casal Warren são os grandes tesouros de muitos realizadores. Assim, como não poderia deixar de ser, o documentário da Netflix foca num dos casos menos conhecidos, ao menos fora dos EUA, do casal. Os Warren fizeram seu nome como demonologistas, e neste documentário o diretor busca colocar dúvida na veracidade dos casos do casal. A linha narrativa que Holt opta para contar sua história já é de praxe de documentários, a rápida introdução, o caso, e sua consequência.

Entretanto, é difícil não perceber a urgência sensacionalista do diretor. A todo momento um clima de terror tenta emergir, com a trilha sonora emergindo, cortes rápidos, efeitos sonoros distorcidos. Tudo isso destrói o clima do que se quer contar. Afinal de contas, descobrimos que no final, o que vemos aqui é uma família que foi explorada e extorquida, entretanto, toda essa montagem mirando mais um filme de terror, tira o foco e até a seriedade do assunto. Em vez de tentar se aprofundar mais no drama real da família, que é essa exploração clara, o diretor vai para o lado do horror exagerado, que nem condiz que o que é documentado. A produção se equilibra nesses clichês de terror, apenas para segurar a atenção de que vê. A grande história do filme, está em seu final, que fica resumido em míseros 10 minutos.

Ao invés de entendermos o caso, a situação complexa da família, temos um documentário que exagera além da conta na dramatização, e que olhe só, também tenta explorar a história, assim como os Warren.

Trailer do filme

Avaliação: 1 de 5.

Ficha Técnica

Direção: Chris Holt
Roteiro: Chris Holt
Duração: 81 minutos
País: Reino Unido
Gênero: Documentário
Ano: 2023

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