O erro de Besouro Azul ao falar de diversidade

Besouro Azul chegou aos cinemas mundias, a pouco menos de uma semana. O filme da DC até o momento, é uma decepção de bilheteria e repercussão. Seja por Hollywood estar no meio de uma greve de atores e roteiristas (e alguém do filme tentou furar a greve), seja pela fraca expectativa que se tinha em torno do filme.

A princípio, um dos pontos que as pessoas mais destacaram no filme, foi ele ser ”o augê da representatividade em Hollywood”. O que obviamente, é história para boi dormir. O filme, além de se arrastar para ter algum impacto, é mal feito em sua base de argumentação sobre representativida. Chegando a ser ofensivo contra os próprios latino-americanos em certos pontos.

Imagine um filme, que quer fugir de esteriótipos, e na primeira cena com um personagem mexicano, ele come um taco. Esse é Besouro Azul. A tal da representatividade que o filme quer mostrar, prega como ideia que é Besouro Azul que vai começá-la. A impressão que o diretor Angel Manuel Soto passa, é que ele começou a ver cinema ontem, e bolou na cabeça dele que o seu filme é o marco da representação, com sucesso, de minorias no cinema americano.

Ele esquece que o México é um dos maiores exportadores de bons filmes nos últimos anos; ele esquece da riqueza do cinema mexicano, e ignora até mesmo que nos últimos anos, filmes de diretores mexicanos, foram indicados, e venceram Oscars.

Ou seja, Besouro Azul se autoproclama o primeiro filme com diversidade no cinema americano. Mais um erro da DC, que investe num filme que não vai agregar em nada, nem no hoje da empresa, muito menos no novo ‘universo’ planejado por James Gunn. Além disso, faltou ao diretor uma pesquisa mais ampla nos últimos anos de produção de filmes latinos.

Por fim, por mais que o filme caminhe pelo carisma de seu elenco, é mais uma peça descartável da atual sucessão de fracassos da Warner.

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