O homem invisível – Uma ótima reinterpretação

O homem invisível – Uma ótima reinterpretação

O homem invisível é indubitavelmente um clássico atemporal. Escrita em 1897, a obra literária é uma das mais marcantes e impactantes da história do entretenimento. E com tamanho sucesso, naturalmente reinterpretações e adaptações não demorariam a surgir. E realmente não demoraram.

Já em 1933 a primeira produção cinematográfica da obra estreou nos cinemas e obteve um sucesso tão grande que gerou inúmeras continuações(todas ruins). E o terror literário também tomou conta de inúmeros palcos de teatro ao redor do mundo, consagrando-a como uma franquia de sucesso.

Pois bem, anos após todas essas produções, a Universal decide lançar uma releitura moderna do clássico de Wells, que aborda temas mais sérios e contemporâneos, como machismo, relacionamento abusivo e gaslighting.

E o resultado foi melhor do que o esperado.

Uma grata surpresa

Na maioria das vezes que um grande estúdio opta por realizar uma reinterpretação de uma franquia antiga eles geralmente erram no tom. Pra cada um Top gun Maverick existem cinco Matrix Ressurections. Então era natural que os espectadores tenham ido meio preocupados ao cinema, esperando algo não tão incrível.

Todavia eles estavam felizmente muito enganados.

O homem invisível é ótimo.

Não é uma obra-prima sem defeitos, é lógico. Ele se arrasta muito em alguns pontos e fica meio repetitivo durante o segundo ato, além de em certos momentos faltar sutileza para passar a sua mensagem. mas no geral o resultado é mais do que positivo.

A premissa de transformar uma história de terror ficcional em um thriller de suspense psicológico foi demasiadamente acertada. A mensagem que o filme passa sobre os perigos dos relacionamentos abusivos, por menos sutil que seja, é extremamente atual e bem encaixada.

Outrossim, as atuações também são um ponto alto da película, em especial em relação à interpretação de Elizabeth Moss como a principal, que é sem sombra de dúvidas uma das melhores de sua carreira, e extremamente impactante e memorável.

Soma-se tais qualidades com uma bela fotografia, uma sonoplastia de primeira e cenas extremamente bem filmadas, e nós temos um baita de um suspense contemporâneo, que eu recomendaria a todos os amantes do gênero.

Avaliação: 4 de 5.

Ficha técnica

Título original: The invisible man
Criado por: Leigh Whannell
Duração: 124 minutos
País: EUA, Austrália
Gênero: Suspense e terror
Ano: 2020
Classificação: 16 anos

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