‘O Parámo’ novo filme da Netflix, tem como plano de fundo um isolamento extremo causado pela guerra. Contudo, poderia fazer facilmente um paralelo com o tempo pandêmico que passamos. Principalmente por aqueles que tiveram como se isolar ou tiveram isolamento forçado por ficar doente.
A película espanhola, traz uma família que se afastou de tudo por conta da guerra civil do século 19. Salvador, Lúcia e Diego, uma família que se muda para o meio do nada, para fugir das mortes e violência. Contudo, enquanto para os dois adultos, existem um mundo fora dos limites, para Diego, ainda criança, tudo que lhe resta é o medo da mortal “Besta”. Uma lenda contada por seu pai, que é mais real do que ele pensa.
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Vale a pena?
O filme é uma mistura de ansiedade com confusão durante todos seus 90 minutos. Mesmo prendendo o telespectador, ele acaba se enrolando em sua própria história, principalmente quando ele tenta deixar no ar o “Será que é uma criatura ou só algo da cabeça deles?”. Visto isso o filme oferece de forma desalinhada “provas” de que é “os dois” deixando tudo ainda mais estranho.
Contudo, mesmo tendo essa trama confusa e por muitas vezes arrastada e exagerada, ele faz o telespectador perder o fôlego e ir até o final, porque?
Cenário, luz e sombra
Uma das coisas que é de se tirar o chapéu é a construção do local da história. Uma fotografia baseada em cores frias, que realça bem o sentimento de vazio e isolamento. Fora isso, ainda existe toda questão da trilha sonora, que ajuda na tensão do ambiente.
Além disso, a união de Luz e Sombra, lembra muito “O Farol” e pode ser um ponto chave, para desenvolver o ambiente ‘sobrenatural’ que confunde quem assiste. Visto isso, podemos falar que o principal motivo do filme te prender até o final, é porque você se sente imerso. Tanto é que por vezes, nem você sabe para onde o filme está indo, principalmente nos momentos finais. Então, podemos dizer que os detalhes técnicos foram os principais motivadores de segurar a gente em frente a TV
Será que ‘O Parámo’ é mais do que vemos?
Uma fera deformada, sem olhos e que se alimenta do medo humano. Se me pedissem uma representação da violência essa seria uma resposta pontual. Ou até mesmo, a representação do que estamos passando, temos pandêmicos e uma “fera” invisível, que faz a gente se isolar. Afinal histeria e alucinação por isolamento é uma das coisas mais comuns. Contudo, sendo mais pé no chão, o longa espanhol parece ser uma grande alusão a violência da guerra e suas consequências.
Por fim, O Parámo é só mais um filme que tenta trazer essa dualidade do “real ou não”, mas que se perde no seu caminho, mas consegue se garanti na parte técnica e atuação, principalmente do ator mirim, Asier Flores.
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FIlme ruim demais, perca de tempo. Não recomendo a niguem