O Predador: A caçada – Uma grata surpresa

O Predador: A caçada – Uma grata surpresa

A franquia Predador tenta emplacar uma continuação de qualidade para seu primeiro capítulo desde o século passado. Todavia tudo o que eles conseguiram com seus esforços até agora fora lançar uma porrada de produções medíocres, botar ele no Mortal Kombat e fazer um crossover com o Alien 2 vezes. O predador: A caçada, quinto episódio da saga do alienígena caçador, tinha como maior objetivo e desafio quebrar tal paradigma. E para obterem sucesso nessa empreitada eles mudaram radicalmente o tom, a atmosfera, a natureza e até o gênero do filme.

Com isto em mente, os desenvolvedores trocaram a modernidade do século XXI pelas comunidades indígenas do último milênio, substituindo assim as metralhadoras pelos Arcos e flechas, a granada pela lança e o brucutu branco musculoso pela menina indígena inteligente.

Outrossim, ainda existe outro fato a se considerar. Enquanto os demais Predadores eram filmes de ação com elementos de terror e suspense, O predador: A caçada promove uma mescla mais uniforme entres todas estas temáticas, diferente do que faziam seus antecessores, que tinham como único foco a ação.

Contextualizações feitas, modificações deste filme em relação ao resto da saga explicado, agora só nos resta perguntar:

Vale a pena assistir O Predador: A caçada?

Vale muito a pena. Esta é de longe a obra cinematográfica mais bem filmada e fotografada da saga, que nem mesmo na sua estreia, na década de 80, não possuía a um primor visual tão apurado quanto o destes cineastas.

A fotografia desta obra chega a ser uma coisa de louco. Cada ângulo de câmera, cada enquadramento, cada take do vilão… É de uma competência técnica absurda por parte dos cineastas.

Outrossim a narrativa, por mais preguiçosa que ela seja, haja vista que abusa de artificialidades e ex-machinas para dar seguimento ao seu enredo da forma mais fácil e rápida possível, ainda assim traz excelentes novidades pra franquia.

Novidades como por exemplo a nova protagonista, cuja qual me agradou muito, não só pela boa performance da atriz, mas como também pelo fato da personagem ser uma mulher independente, corajosa, e que não baixa a cabeça de forma alguma e nem para ninguém. Além de, é claro, ser uma combatente muito mais inteligente que os demais protagonistas desta saga, que acreditavam que tudo se resolvia na base da Valesca Popuzuda, com tiro, porrada e bomba.

A decisão de trazer a história para o passado também foi acertada pra mim. A ausência de armas de fogo torna os combates com o monstro muito mais perigosos, aterrorizantes e interessantes. Além de, é claro, a vegetação nativa formar um background muito mais bonito que o de seu antecessor.(muito mais)

Considerações finais

A trilha sonora bacana, as cenas de luta variam de esquecíveis pra ótimas, algumas atuações não me descem e a narrativa abusa de coincidências e soluções de conflitos artificiais.

Mas no mais é isso…

Deem uma chance pra esse longa. Não caiam em papo furado de nerdola misógino e infantil da internet. Tirem suas próprias conclusões. Eu garanto que vocês vão gostar dessa produção mais do que imaginam.

Avaliação: 4 de 5.

Ficha Técnica

Título original do filme: Prey
Direção: Dan Trachtenberg
Duração: 100 minutos
País: EUA
Gênero: Terror, ação e suspense
Ano: 2022
Classificação: 16 anos

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