“O Soldado que Não Existiu” – Dissimulação para o bem

“O Soldado que Não Existiu” – Dissimulação para o bem

É dito muitas vezes que mentira tem perna curta, mas nem sempre é assim. Uma mentira bem contada e bem orquestrada, pode montar o palco perfeito para diversas coisas. Durante uma guerra por exemplo, ela não é só formada pela parte visível. De tiros, bombas e mortes, existe uma guerra secreta. Travada com informações, dissimulações e espionagem. Com essa temática e ainda misturando com a segunda guerra temos “O Soldado que Não Existiu” (Operation Mincemeat) o novo filme da Netflix.

O longa que é estrelado por Colin Firth, que vive Ewen Montagu. A película britânica vai mostrar a Operação Carne Moída, contudo vai misturar ficção e realidade. A história é sobre uma ação de espionagem contra o governo da Alemanha Nazista. Os ingleses querem convencer as tropas inimigas que Londres iria para a Grécia e não para a Sicília. Com isso, eles vão usar de um cadáver com uma falsa história, que será lançado ao mar.

O que foi a operação Carne Moída?

A operação foi um plano bem sucedido durante a segunda guerra mundial. Uma dissimulação de contrainformações articulada pelo governo britânico. Ele serviu para camuflar os planos reais que era de invadir a Itália Fascista. A operação carne moída, ajudou a enganar o alto escalão nazista que os aliados iriam invadir a Grécia em 1943. O plano funcionou da seguinte forma: Documentos e cartas foram presos a um cadáver e jogado de propósito no mar espanhol para que espiões alemães encontrassem.

O Soldado que Não Existiu vale a pena?

Primeiramente, algo que me chamou atenção e me prendeu ao filme é a forma como o diretor John Madden, cuida das câmeras. Elas estão sempre preocupadas com o rosto dos atores, tentando demonstrar qualquer sensação, afinal são espiões. O foco e o zoom, no rosto enquanto discutem e bolam plano, ajudou a me prender no filme.

Colin Firth e Matthew Macfadyen, desempenham um papel grandioso no filme. Ambos são os coordenadores do plano carne moída. Contudo, eles também fazem parte do ponto baixo do filme. Que é um triângulo amoroso envolvendo Jean Leslie (Kelly Macdonald), porém é uma tentativa forçada e que nunca engata. Relacionamento esse que foi criado na tentativa de criar uma vida falsa para o cadáver, para que os dados chegassem o mais perto do real.

Outro ponto que causa estranheza no filme é a mudança de ritmo da primeira para segunda hora. Quem está acostumado com filmes de guerra ou de espiões, sabe que o processo de projeção e montagem das coisas é vagarosa e muitas vezes sutil. Isso acontece na primeira hora, onde é dedicado a criar um falso oficial de nome major William Martin. Esse ritmo de acontecimentos dinâmico, mostra ao público duas coisas: Primeiro a estética da guerra, onde nada nunca para e que esse primeiro momento serve para desenvolver a todos, principalmente o pilar principal da história.

Porém, a um problema na mudança para o segundo momento. Quando o cadáver é finalmente enviado e assim começa a fase de espionagem. A mudança ocorre de forma tão repentina que pode assustar o espectador e causar estranheza.

Enfim, O Soldado que Não Existiu é um filme que vai agradar a quem gosta do gênero de guerra. Pode ter um começo meio duvidoso, mas vale a pena cada segundo, até mesmo para quem já conhece a história.

Avaliação: 8 de 10.

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Ficha Técnica

Roteiro: John Madden
Direção: Michelle Ashford
Duração: 127 minutos
País: Inglaterra
Gênero: Guerra e Espionagem
Classificação: 16 anos

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