Adicionada na virada do ano ao catálogo da Netflix, a série Olhar Indiscreto já ocupa o segundo lugar do top 10 dessa semana. A princípio já é possível esperar muitas cenas de sexo, não somente pelo título, mas também pela publicidade feita pelo streaming.
Contudo, podemos de fato notar a falta de discrição na série, não em relação ao sexo, mas em relação ao próprio roteiro. Em outras palavras, é perceptível o quão fora de propósito ele é, se perdendo tão cedo logo no primeiro episódio. Além disso, nos apresentam duas possíveis protagonistas, mas uma delas simplesmente some e a bomba fica para a outra segurar.
O que esperar?
Ao passo que começamos a assistir, conhecemos Miranda, uma hacker que aparentemente consegue invadir qualquer coisa, em qualquer lugar, com o mínimo de informação possível. Além disso, ela consegue também captar as melhores imagens com resoluções incríveis, mas ao mesmo tempo nenhuma câmera é capaz de pegar um flagra dela.
Em contrapartida temos Cléo, uma garota de programa – ou acompanhante – que vive em um apartamento em frente ao de Miranda. Ela nunca fecha suas cortinas, proporcionando alguns shows para sua vizinha que aproveita para bisbilhotar com câmeras pela janela. Porém, essa pequena diversão logo acaba quando Cléo pede pra Miranda cuidar de sua cachorrinha enquanto ela viaja, mas acaba sumindo do mapa.
A partir deste ponto a história começa a se embaralhar de uma maneira tão abrupta que acabamos quase nos perdendo em meio a tudo que acontece. Cenas do futuro, misturadas com cenas do passado, de repente não é nenhum dos dois, estamos no presente e por aí vai. Nesse meio tempo temos todas as incansáveis cenas picantes, parece até que esqueceram que havia uma história pra ser contada ali e se concentraram apenas no sexo.
Aliás, é o que conseguimos lembrar ao final da série: não a trama, mas o sexo. Porque é muito sexo, em todo lugar, sem o menor sentido de existir ali. A não ser o simples fato de que quiseram que ele estivesse ali. Porque sim. O problema em si não são as cenas de sexo, desde que façam sentido, de que agreguem algo de fato. Por exemplo a liberdade sexual da mulher. Contudo, não é o caso nesta série.
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Vale à pena?
Como resultado, temos uma série totalmente sem timing, com uma história que não faz sentido e personagens rasos e desinteressantes. Porém, o pior de tudo em minha opinião é a necessidade de um personagem contar, no último episódio, tudo o que aconteceu nos outros 8 que a gente já assistiu. Porque a série tanto não se sustenta que acabamos não conseguindo entender o porquê daquilo estar ocorrendo. Como? Por quê? Qual o sentido disso?
Juntamente com isso, temos também as tramas que começam e não terminam, onde mostram algo sobre alguém que parece relevante. Mas não é. Porque no resto da série não vemos mais nada sobre aquilo.
Por fim, me entristece o fato de uma produção nacional se jogar tão profundamente em um abismo de esquecimento. Afinal, não temos nada memorável em relação a esta série além do sexo, que até a própria Netflix resolveu colocar como ponto forte. Postando e falando até mesmo a minutagem de cada cena em seu instagram.
Contamos no elenco com os nomes de Débora Nascimento, Emanuelle Araújo, Nikolas Antunes, Ângelo Rodrigues, entre outros.
Ficha Técnica:
Título Original: Olhar Indiscreto
Direção: Fabrizia Pinto; Leticia Veiga; Luciana Oliveira.
Duração: 382 minutos
Origem: Brasil
Classificação: 18 anos
Gênero: Drama; Mistério; Suspense.
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