A mais nova animação da Disney, Ron Bugado está pra estrear essa semana nos cinemas!
A princípio, as animações deixaram de ser coisa de criança faz tempo. Sendo assim, elas funcionam muito bem como um modo de fazer críticas á sociedade de forma lúdica e atrativa.
Portanto, hoje em dia não é de se surpreender quando saímos reflexivos ou emocionados de um longa animado. De fato, desde o material promocional, Ron Bugado demonstrava que seria uma narrativa construída em volta de fatores como amizade, tecnologia, etc.
Sendo assim, a nova animação produzida pelo extinto estúdio da Fox, traz uma dura crítica a geração z, o apelo a tecnologia e a obsessão por redes sociais; acompanhamos a jornada do garoto Barney, que estuda em uma escola onde não tem amigos.
Ainda assim, seus antigos amigos são esteriótipos de pessoas, talvez até crianças de hoje em dia, tipo o que pratica cyberbullying, a viciada em likes e em redes sociais; de fato, Barney convive com crianças bem superficiais que o excluem frequentemente.
Além disso, todas as crianças partilham de uma tecnologia chamada B-BOT, um robô que tem um algoritmo, que possibilita a máquina ser o melhor amigo de quem tiver um , já que ele é programado para replicar os mesmo gostos de seu dono. Ainda assim, o cyber amigo ajuda na interação com pessoas, já que o algoritmo possibilidade “matches” com personalidades parecidas.
Contudo, nada disso faz sentido para a família do Barney, pois eles não vêem necessidade de uma coisa dessa na vida de uma criança; entretanto, todo mundo da idade dele tem e isso o faz se sentir tão mal, ao ponto de o seu pai e sua vó se dobrarem e comprarem um para o Barney.
Entretanto, vide o nome, o B-BOT veio bugado e Barney fica decepcionado com seu azar. Porém ao longo do segundo ato, há uma jornada de descobrimento e aceitação de ambas as partes. O pequeno robô bugado ensino e aprende muito.
A sinergia entre ele e Barney é quase perfeita, possibilitando que as pessoas ao redor notem que há possibilidade de se divertir sem estar totalmente conectado na rede. Já no terceiro ato entramos em uma linha narrativa mais séria, crítica e pontual.
Temas como depressão, isolamento social, são abordados de forma leve, que passe despercebido para uma criança, mas para um adulto não passará. Talvez na ânsia de passar uma mensagem sobre o desespero por tecnologia, a trama se torna objetiva demais para uma animação, deixando o roteiro até superficial.
De toda forma, independente dos exageros da conclusão, fica uma maior lição sobre amizade. Amizade é uma via de mão dupla e isso tem que ser trabalhado desde cedo, usando menos o contato tecnológico e mais o contato pessoal.
Por fim, diante de tudo que dói apresentado, há espaço para rir, se enraivecer, se emocionar. Talvez seja a animação mais lúcida de 2021, porém não quer dizer que foi a melhor como um todo.
Ron Bugado estreia nesta quinta-feira, dia 21 de Outubro nos cinemas.
Ficha técnica
Título: Ron Bugado
Diretor: Alessandro Carloni, Jean-Phillipe Vine, Sarah Smith
Roteiro: Sarah Smith, Peter Braynham
Elenco: Sérgio Malheiros, Zach Galifianakis, Jack Dylan Grazer
Gênero: Animação/Aventura
Ano de produção: 2021
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