“Sing”, da Illumination, entrou para o catálogo da Netflix recentemente. Após algumas produções de muito sucesso, a Illumination conseguiu se estabelecer no mercado. Dessa forma, a sua credibilidade já é alta, fazendo filmes cada vez mais aguardados.
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A animação traz a história de um teatro histórico que, após os momentos de glória, vive seus dias de luta. Então, o seu dono decide que irá trazer o público de volta aos teatros após um concurso de canto. De fato, é uma premissa um tanto curiosa e específica num cenário onde os animais apresentam características humanoides. Em suma, são recursos já utilizados em outros filmes diversas vezes, fazendo com que tenhamos uma sensação de mais do mesmo. Entretanto, a originalidade se mostra na história e no seu desenvolvimento como filme.
Há pouco menos de 100 anos atrás, a Disney nasce e muda completamente a forma de se fazer animações e histórias. É inegável que a empresa é uma das maiores do ramo cinematográfico, mas principalmente das animações. Até pouco tempo atrás, acredito ser inegável a superioridade da empresa em relação a qualquer outra, o nível era extremamente desbalanceado. Salvo poucos momentos em que a empresa perdeu o posto de melhor, na estreia de “Shrek”, por exemplo, lá em 2001. Porém, de alguns anos pra cá, a Disney vem perdendo seu posto para outras empresas, especialmente a Illumination.
Em suma, a curva de evolução que a Disney representa é baixa demais, não ousam nos seus filmes e trazem em algum nível propostas genéricas. “Meu Malvado Favorito”, “Minions” e “Sing” são grandes apostas do rival para quebrar com a mesmice e trazer novos ares para o público.
Vale a pena?
“Sing”, a Illumination em si, traz um formato completamente novo dos filmes. Acredito que a mistura cartunesca dos antigos desenhos em 2D com o visual 3D atual seja a chave para o sucesso com a criançada. Porém, eles apostam, não só aqui, mas também nos outros filmes, em tramas que insiram o adulto no filme. Dessa forma, o adulto não consegue apenas suportar o desenho que seu filho está vendo, mas se envolver com ele também. A animação está recheada com dramas familiares e críticas ao mundo adulto que as crianças não entendem ou não dão muita importância.
Identificar-se ou sentir-se pertencente da obra é uma das melhores formas de trazer o público, coisa que “Sing” faz com maestria. Eles encontraram a fórmula perfeita de como realizar essas animações. Isso não significa que os filmes serão iguais, mas que todos conseguirão desfrutar e ter diferentes experiências do mesmo filme. Tornar as obras capazes de tocar pessoas diferentes de modos diferentes é o auge da poesia, é assim que se faz arte da melhor qualidade. É ser abrangente sem colocar limites na visão do outro. Acredito que as melhores coisas do filme são sim os seus detalhes e vale a pena ver cada um com atenção, já que a imersão é completa e os personagens são incrivelmente reais.
“Sing” com certeza será um clássico da Illumination e espero que ela seja reconhecida por sua qualidade.
Ficha Técnica
Título original: Sing
Direção: Garth Jennings
Gênero: Animação
Duração: 110 min
País: Estados Unidos
Ano: 2016
Classificação: Livre para todos os públicos
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