Toda Luz que Não Podemos Ver | Netflix e Superproduções

“Toda Luz que Não Podemos Ver”, minissérie da Netflix, é uma adaptação do romance de Anthony Doerr onde aborda a vida de uma jovem com deficiência visual. A série se passa no fim da Segunda Grande Guerra, onde uma cidade da frança é bombardeada. Dessa forma, a pequena esperança que resta no povo francês, é no programa de Rádio que Marie, a jovem em questão, faz de forma ilegal. Ler textos e livros na transmissão acabam trazendo um lampejo de esperança nas tristes vidas que sofrem com esses bombardeios diários. Assim, portanto, essa transmissão chega a um soldado alemão que encontra motivação para achar essa tal garota.

Vale a Pena?

Apesar de ser uma muito original, “Toda Luz que Não Podemos Ver” passa por momentos de extrema criatividade, mas tropeça em clichês muito datados e nada discretos. O enredo é algo muito único e específico. Isso facilita para o espectador ver algo de novo em um ambiente tão explorado que são as guerras mundiais. Sendo assim, trazer para a tela uma vivência e experiência pessoal rica é sempre uma sobrevida para gêneros que são explorados a tanto tempo, revivendo-os e trazendo um grande público para a história. Entretanto, mesmo inovando, o roteiro segue um padrão Netflix, buscando atingir um público grande, trazendo diálogos básicos e exposições muito forçadas. Todavia, mesmo que os diálogos exibidos sejam extremamente básicos, a equipe de atuação acaba consertando essas pequenas exposições colocando sentimento nessas falas. Principalmente as cenas entre o Mark Rufallo e pela jovem Marie.

“Toda Luz que Não Podemos Ver”, da Netflix, traz, portanto, uma história extremamente original e cheia de vida e sentimentos. Porém, cai na fórmula Netflix de buscar a popularização e acabar trazendo uma boa história, mas com instrumentos datados.