“Black Snake” (Netflix) – Um herói fora da curva

“Black Snake” (Netflix) – Um herói fora da curva

Existem alguns filmes que fogem da DC e Marvel, Spawn, Hellboy, Hancock. Contudo, tudo ainda são hollywoodianos, ainda bebem no clichê do gênero. Imagine algo fora desse ciclo que te fizesse rir e embarcar em uma aventura totalmente descontraída. Esse é o propósito de “Black Snake” (Black Snake: La Légende du Serpent Noir) o novo filme francês da Netflix. O longa estreou em 2019, mas chegou agora no streaming vermelhinho.

O filme conta a história de Clotaire Sangala (Thomas Ngijol), um jovem “parisiense” que é um cirugião. Contudo, sua vida irá mudar de ponta a cabeça quando ele volta para sua terra natal e seu avô sendo morto. Em meio a dor, ele descobre que ele guardava um grande segredo e com isso ele é picado por uma cobra que lhe dar poderes como super força e regeneração (troca de pele). Porém, os poderes só funcionam quando ele segue seu coração. Ou seja, Black Snake vai ter que lutar contra o ditador do seu país e libertar seu pais das mãos da França, que assim como qualquer país capitalista “desenvolvido” vive interferindo em outros Estados.

Vale a pena?

Primeiramente, mesmo sendo um filme de comédia besteirol, é necessário no mínimo dois neurônios e ter assistido uma boa aula de história na escola. O longa francês claramente faz uma crítica ferrenha ao intervencionismo das grandes nações, principalmente a época conhecida como “neocolonialismo”. Cinema francês tem na essência esse “comprometimento” social. Mesmo que ela mesma tenha sido tirana com vários países. Exemplo atual é a Guiana Francesa que atualmente ainda é dita como “departamento ultramarino da França”.

Porém, esse é o foco nas estrelinhas. De forma escrachada temos a atuação de Thomas Ngijol marcando presença e expulsando todos os enredos norte-americanos do filme. O que querendo ou não, dá um ar mais original a produção. Além disso, os atores são todos da França e de países africanos, como Costa do Marfim.

Ficha Técnica: Black Snake, da Netflix

Direção: Thomas Ngijol e Karole Rocher
Roteiro: Alexandre Gonzales
Duração: 81 minutos
País: França
Gênero: comédia
Ano: 2019
Classificação: 16 anos

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