A lendária bad trip de acído que Carlos Santana teve em Woodstock, e que se transformou num dos melhores shows do festival

A lendária bad trip de acído que Carlos Santana teve em Woodstock, e que se transformou num dos melhores shows do festival

Carlos Santana, um dos guitarristas mais virtuosos da história, completa hoje 76 anos. O lendário músico, viveu de tudo nesta vida, inclusive foi um dos que estiveram no festival de Woodstock em 1969. A perfomance da banda, até hoje é considerada uma das melhores do festival, porém, nem todo mundo sabe que, Carlos Santana e sua estavam sob forte efeito de LSD.

Aliás, a banda de Santana foi escolhida meio que de última hora para tocar no festival. Na ocasião, Carlos tinha apenas 22 anos, e a banda tinha alguns meses de vida, e nem álbum tinha. Um dos mais lendário promotores da história, Bill Graham, foi quem obrigou a banda a ir para o festival.

O festival

Tido como o maior festival de música já realizado o Woodstock Music & Art Fair, reuniu mais de 500 mil pessoas. O festival foi realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos.

O Woodstock reuniu as bandas e artistas mais populares da época, vários nomes lendários da música estiveram no festival como: Jefferson Airplane, Grateful Dead, The Who, Janis Joplis, Jimi Hendrix, Joan Baez, entre outros.

Santana e a bad trip que virou lendária

De acordo com Santana, ele chegou aos bastidores do festival ao meio-dia de sábado, segundo dia do festival. Ele, que achava que tocaria de imediato, foi informado que só tocaria depois do Grateful Dead (os shows da banda passavam facilmente das 3 horas de duração). Porém, Jerry Garcia, lendário vocalista do Grateful, encontrou Carlos, e disse que a banda de Santana não subiria ao palco antes das 3 da manhã.

É ai que entra o LSD. Jerry, vendo que Santana e a banda ficaram nervosos, ofereceu a eles a droga. Segundo relato do próprio Santana: ”Jerry me disse, bem, cara, é melhor você ficar confortável porque, aparentemente, não vamos subir ao palco até uma hora da manhã. Está uma bagunça aqui. E por falar nisso, você gostaria de pegar um pouco disso?” Era mescalina. E eu pensei, “Vamos ver, são 12:30. Às duas horas da manhã, estarei bem. Eu costumava tomar muito LSD e mescalina, então sabia o momento certo. Depois de oito ou 10 horas, você entra no que chamamos de estado de ameba. Seus pensamentos se tornam muito galácticos, universais e microscópicos .

Duas horas depois de usar aquilo, havia um rosto na minha cara dizendo: “Você precisa ir agora, senão não vai se apresentar”. A essa altura eu estava realmente, realmente viajando, sabe? Eu apenas mantive minha fé e o que minha mãe me ensinou. Eu perguntei, repetidamente: “Apenas me ajude a ficar afinado e no tempo.”

Os efeitos no palco

Quando você assiste ao vídeo da banda, especialmente durante a execução de Soul Sacrifice, é possivel perceber Carlos está tropeçando enquanto toca. Ele disse muitas vezes que parecia que o braço de sua guitarra estava deslizando por ele como cobras. Carlos fechava os olhos e confiava em seus dedos para apenas tocar. Ele não queria olhar para o braço da guitarra, porque iria assustá-lo. Então, ele fazia essas caretas estranhas e fechava os olhos e confiava no dom de seus dedos para lembrar para onde ir.

Numa entrevista ele disse: ”Você pode ver e dizer pela minha linguagem corporal. Estou lutando com a guitarra – não lutando de fato, mas como um surfista, lutando para manter o equilíbrio. Essa é a chave de tudo na vida. Quer você seja hétero ou esteja tomando mescalina, mantenha a compostura e o equilíbrio.”

Veja o vídeo de Soul Sacrifice em Woodstock

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