Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão

Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão

O trailer, o marketing e as primeiras críticas de A Morte do Demônio: A Ascensão movimentaram as redes sociais nesta semana. Com a estreia marcada para o dia 20 de abril nos cinemas do país, o longa tem causado pesadelos – e até desmaios – nos cinéfilos que já assistiram.

Para aqueles que não conhecem, A Morte do Demônio é uma franquia de filmes de terror criada pelo diretor Sam Raimi (Homem-Aranha e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura) em 1981. A história segue um grupo de amigos que vão para uma cabana na floresta e acabam encontrando um livro antigo que desperta forças demoníacas que os perseguem. Desde então, a franquia gerou diversos filmes, séries de TV, jogos e outros produtos relacionados.

No quinto filme de A Morte do Demônio, Beth (Lily Sullivan), cansada da estrada, faz uma visita atrasada a sua irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que está criando três filhos sozinha em um apartamento apertado em Los Angeles. 

O reencontro das irmãs é interrompido pela descoberta de um livro misterioso nas profundezas do prédio de Ellie, dando origem a demônios possuidores de carne e empurrando Beth para uma batalha primordial pela sobrevivência enquanto ela se depara com a versão mais assustadora da maternidade.

‘A Morte do Demônio: A Ascensão’ é um banho de sangue

Mel Brooks disse certa vez: “A tragédia é quando eu corto o dedo. A comédia é quando você cai em um esgoto a céu aberto e morre”. Quando as pessoas falam sobre a franquia A Morte do Demônio ser uma comédia de terror, o que querem dizer é que o esgoto a céu aberto é especialmente escuro e fétido, tornando a piada ainda mais engraçada. Essa é a sabedoria que A Morte do Demônio: A Ascensão leva a sério.

O quinto filme da franquia, após a trilogia original dirigida por Sam Raimi e o remake/reboot de Fede Alvarez em 2013, finalmente rompe com uma tradição simples. Os filmes anteriores são assuntos rurais, onde todo o inferno explodiria nas entranhas de cabanas barulhentas, nas profundezas das florestas enluaradas da América rural. Desta vez, o longa redireciona seus demônios devoradores de carne para o centro de uma grande cidade, onde não é o Livro dos Mortos, mas um Livro dos Mortos, e esta cópia deste grimório de tiragem limitada foi selada em um cofre sob o que agora é um prédio de apartamentos condenado em Los Angeles.

O diretor Lee Cronin demonstra grande habilidade em criar uma atmosfera claustrofóbica e opressiva no ambiente doméstico onde A Morte do Demônio: A Ascensão se desenvolve. Ao utilizar o apartamento como uma espécie de prisão, o diretor nos faz sentir como se estivéssemos aprisionados junto com os protagonistas em seu pior pesadelo. Além disso, Cronin utiliza um elevador angustiante e um terceiro ato extremamente violento para aumentar ainda mais a tensão.

E por efeito de curiosidade, vale destacar que a produção utilizou uma quantidade impressionante de 6500 galões de sangue.

Vale a pena?

Se há uma coisa que A Morte do Demônio nos ensinou, é que devemos fazer tudo ao nosso alcance para evitar entoar um encantamento demoníaco místico na presença do Livro dos Mortos encadernado em carne e tinta de sangue, pois coisas muito ruins acontecerão.

A Morte do Demônio: A Ascensão é uma experiência aterrorizante através do inferno, um pesadelo que parece não ter fim. Para aqueles que procuram o medo, desconforto e que querem ficar com o estômago embrulhado, o longa irá certamente agradar. O filme é especialista em causar terror com sequências repletas de sangue, dilacerações, empalamentos e todos os tipos repugnantes de assassinato e tortura.

Há humor negro o suficiente em A Morte do Demônio: A Ascensão – principalmente para evitar que seja inteiramente monótono – e a performance vertiginosa de Sutherland quando ela está possuída eleva isso acima do habitual festival de matança sombrio. A coisa toda é um passeio selvagem, o tipo de filme de terror mais apreciado em um cinema cheio de fãs enlouquecidos.

Por fim, com apenas 1h37min, o filme mantém seu ritmo do início ao fim e não te deixa entediado. Sustos de salto e posses assustadoras, violência brutalmente inventiva e quantidades ridículas de sangue: tudo o que você procura em um filme de terror – mesmo que esteja olhando por entre os dedos – você encontrará aqui.

Onde assistir?

Oferecendo quase tudo que os fãs de longa data poderiam esperar enquanto ainda conseguiam levar a franquia adiante, A Morte do Demônio: A Ascensão tem estreia marcada para o dia 20 de abril nos cinemas de todo o Brasil.

No entanto, por ser um filme com distribuição e produção da Warner Bros. Pictures e New Line Cinema, é provável que o longa entre no catálogo do HBO Max após sua saída das telonas.

Confira agora o trailer de A Morte do Demônio: A Ascensão

Avaliação: 4 de 5.

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Ficha Técnica

Direção: Lee Cronin
Roteiro: Lee Cronin
Duração: 97 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Terror, Mistério e suspense
Ano: 2023
Classificação: 18 anos

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