Millennium – Os Homens que Não Amavam As Mulheres | Filme de David Fincher é bom, mas não faz jus a versão original

Millennium – Os Homens que Não Amavam As Mulheres | Filme de David Fincher é bom, mas não faz jus a versão original

O filme Millennium – Os Homens que Não Amavam As Mulheres acabou de chegar a Netflix. O longa de David Fincher, é uma refilmagem do original sueco de 2009, baseado no livro de Stieg Larsson de 2005. Numa teia investigativa bem amarrada, o longa consegue entregar uma qualidade pontual, porém, da para se perguntar a razão da necessidade de uma refilmagem em lingua inglesa.

Harriet Vanger (Moa Garpendal) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, em uma ilha no norte da Suécia. O local é de propriedade exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio Henrik Vanger (Christopher Plummer) ainda está à procura e decide contratar Mikael Bomkvist (Daniel Craig), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium.

Bomkvist, que não está em um bom momento por enfrentar um processo por calúnia e difamação, resolve aceita a proposta e começa a trabalhar no caso. Para isso, ele vai contar com a ajuda de Lisbeth Salander (Rooney Mara), uma investigadora particular incontrolável e antissocial. As investigações levam os dois a descobrir uma rede de assassinatos grotescos e acabam revelando o lado mais sombrio e aterrador daquela família.

Vale a pena?

Que David Fincher é um diretor competente ninguém discorda. Neste longa o diretor de fimes como Clube da Luta e a Rede Social, faz um grande trabalho de todos os personagens em tela, sempre os fazendo andar numa tênua linha entre o bom e o certo moralismo, e transforma Rooney Mara no grande chamariz desta história. Aliás, todo o elenco do filme é bem aproveitado, Daniel Craig aqui, está em uma de suas melhores performances, e é sempre bom ver o ator fora da linha dos filmes de James Bond.

Entretanto, tem de se falar, Fincher aqui escolhe por um ritmo lento de desenvolvimento. Em certas cenas, da para ver que a edição e montagem do filme, que ao optarerm por aprofundar muito mais o lado investigativo, deixaram de lado um trabalho mais composto no restante das cenas. Todavia, o longa se paga pela incrível atuação de Mara, que entra na personagem de forma cânone, e a trabalha da melhor forma possível. Sua representação, da pessoa fora dos padrões impostos, é de se admirar, além de toda sagacidade da atriz em trazer da fato, coisas que essas pessoas sofrem, como os julgamentos, preconceitos e o olhar torto por serem de fora do padrão.

Mesmo sendo um bom filme, ao meu ver Millennium – Os Homens que Não Amavam As Mulheres, ainda está abaixo do original sueco. Faltou a Fincher um trabalho melhor de aprofundamento no caso, e a montagem do longa afasta muitas pessoas. Ademais, a refilmagem ainda represente essa preguiça do americano em ler legendas, onde o esboço criativo acaba sendo apenas a mudança de pais. E não que o longa seja ruim, mas lado a lado do original, o sueco sai vencedor por uma grande margem.

Trailer de Millennium – Os Homens que Não Amavam As Mulheres (Netflix)

Avaliação: 3 de 5.

Ficha Técnica

Direção: David Fincher
Roteiro: Steven Zaillian
Duração: 158 minutos
País: EUA
Gênero: Policial, suspense
Ano: 2012
Classificação: 16 anos

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