O Véu – Há algo, ou é apenas negação do preconceito? (Star Plus)

O Véu – Há algo, ou é apenas negação do preconceito? (Star Plus)

“O véu, série recentemente lançada no Star Plus, é uma produção original. Ela traz grandes nomes como Elizabeth Moss e o diretor da série, Steven Knight, nos mostrando que estão produzindo algo que uma parcela do público americano mais gosta. Apesar de ser preconceituoso e xenofóbico.”

Vamos acompanhar Imogen Salter (Elizabeth Moss), uma espécie de agente que busca capturar ‘caras do mal’. Ela embarca em uma missão após um incidente envolvendo uma mulher árabe, o que atrai o interesse de outros agentes, que suspeitam que ela faça parte de um grupo terrorista. Salter precisa antecipar qualquer ação prejudicial de Adilah El Idrissi (Yumma Marvan) que possa comprometer milhões de vidas. Assim, Salter e El Idrissi partem em uma jornada de Istambul para Paris, ambas envolvidas em um jogo de verdade ou mentira que pode ser letal.

Vale perder seu tempo?

A trama é muito confusa nos primeiros episódios; você não entende muito bem o que de fato está acontecendo. Embora eles tentem criar algo no estilo de ‘Homeland’, parece mais uma versão menos polida. Talvez comparável à série ‘Shopee’ do FX, que possui uma trama envolvente e bem trabalhada, com reviravoltas que realmente funcionam, o que não é o caso aqui.

Inicialmente, a série nos apresenta a personagem de Moss, uma espécie de agente ou talvez mercenária. Tudo parece meio jogado; logo no começo, vemos ela emboscando um cara no aeroporto, falando ao telefone como se caras e bocas fossem suficientes em um roteiro. Nem mesmo uma atriz consegue fazer milagre com um personagem raso e um roteiro preguiçoso.

Elas então partem para um local afastado, onde há uma espécie de campo de refugiados da ONU, com várias etnias diferentes, incluindo alguns povos que eles não costumam gostar, como na Síria, Lá, Salter vai com o objetivo de estabelecer como os americanos são heróis e precisam levar democracia a outros países ou povos. Fazendo uma promessa à personagem árabe de que ela poderia tentar saber sobre a filha em Paris. Ambas as personagens, por motivos óbvios, não confiam uma na outra.

Porque é ruim

Embora pareça que no futuro possa melhorar pois tem algumas coisas de espionagem que parecem que se for desenvolvidas, a premissa é um tanto problemática, devido ao fato de como Americanos são xenofóbicos com outros povos principalmente as povos árabes, desde a realidade das torres gêmeas, vivem uma situação que eles são o “mau” que deve ser expurgado.

As teorias conspiratórias que não levam na maioria das vezes além do preconceito, aqui para minha decepção está muito inserido e é de mal tom, pois por exemplo quando as personagens estão sendo observadas ou perseguidas são sempre os povos muçulmanos eles são demonstrados mais uma vez que são um povo do mal, e isso é um ponto que escancara o quão ridículo pode se tornar seu roteiro. 

Novamente coloca o Estados Unidos como aquela figura que quer “salvar a todos”. Aquele que pode tudo caso ao contrário, você é inimigo deles. É exatamente o que fazem com a personagem Adilah. 

Sério gente um cara que faz uma série como Pinky Blinders, consegue fazer um roteiro tão prepotente para americanos e xenofóbico como esse? E pior, tudo é tão superficial, exceto em alguns pontos, graças às atrizes e ao diretor. Apesar de ter tido bons projetos anteriormente, o diretor escorrega muito aqui. Em apenas dois episódios, não me senti motivado a continuar, seja pela xenofobia imposta ou pela falta de desenvolvimento. Parece ser apenas mais uma série descartável, o que é uma pena, especialmente depois do streaming lançar uma obra de arte chamada “Xogum”.

Conclusão

É inadmissível que ainda produzam conteúdos que destilam ódio a outras nações, especialmente quando sabemos que a própria grande nação dos Estados Unidos financia conflitos em outros países e, muitas vezes, até mesmo os provoca. E retratar isso em uma série não é de bom tom. Não é à toa que é um país repleto de problemas sociais que ele finge não ter, além de apagar figuras importantes da história dos Estados Unidos como se nunca tivessem existido.

Avaliação: 1.5 de 5.

Assista ao Trailer da Série

Ficha Técnica

Título Original: The Veil
Direção: Steven Knight, Daina Reid, Damon Thomas
Roteiro: Steven Knight
Duração: aproximadamente 42 minutos
País: EUA
Gênero: Suspense, Drama
Ano: 2024
Classificação: 16 anos

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