incrívelmente dirígido pela prodígio Chloé Zhao ” Nomadland ” é um drama que adapta o livro homônimo de Jessica Bruder e que mostra ao público a vida de Fern ( Frances McDormand ), uma mulher que vive como nômade desde a crise de gesso de 2011 nos EUA, pois, seu falecido marido trabalhava em uma indústria de gesso que também os fornecia moradia, então acompanhamos este momento da vida de Fern no qual a mesma se encontra vivendo em sua Van viajando pela América sempre se adaptando às mais diversas situações necessárias para viver, enquanto aprecia cada reles momento que passa.
Um fator muito interessante e importante para a obra é que parte do elenco foi composto por pessoas que não eram atores profissionais, o que só deixa ainda mais cativante a interação de Francis McDormand com eles, pois, trás ao público ainda mais sinceridade e realidade da situação vivida por aquelas pessoas como nômades.
Um dos pontos altos do filme sem dúvida alguma é sua fantástica fotografia que apresenta um trabalho sem igual, com planos horizontais de cair o queixo ao longo de todo o filme, tudo isso enquanto cria com perfeição a narrativa da obra. Um dos pontos fortes da fotografia do filme é o modo como ela consegue demonstrar ao espectador a variação entre a beleza e a sensibilidade das pequenas coisas e a angústia da incerteza, ponto esse que é incrementado ainda mais com a emotiva trilha sonora do longa.
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A habilidade de Zhao em fazer com que o público tenha uma aproximação tão íntima com Fern é digna de prêmio, porém, quando se pensa que só se terá afetividade com a personagem principal a diretora vem e mostra que todas as pessoas que a cercam tem tanto a oferecer quanto, ao mostrar os dramas de várias das pessoas que vivem nas comunidades nômades, em sua maioria composta por descartados pela sociedade, desde desempregados pela crise até veteranos de guerra, todos apresentados com carinho, delicadeza e sensibilidade.
Nomadland é importantíssimo e extremamente necessário para o período em que vivemos, onde cada vez mais nos vemos desamparados pelo o que acontecesse a nossa volta, uma obra que fala sobre : carinho, valorização das belíssimas pequenas coisas da vida, lembrança e amor por aqueles que partiram e principalmente sobre gentileza e empatia, é tudo o que precisamos sobretudo nos dias de hoje, afinal, isso é arte a resposta para questões da vida.
