“Posto de Controle” Filme não inova, mas entretém

“Posto de Controle” Filme não inova, mas entretém

Filme joga no seguro ao dar foco à sua estética ao invés de seu enredo. Escolha questionável, mas bem executada

Posto de controle é um filme de guerra. Mais um dentre os vários que o cinema estadunidense lança toda temporada. O gênero sempre foi um dos cargos chefe da indústria hollywoodiana. O que não surpreende, haja vista o passado altamente bélico e a natureza fortemente armamentista da nação estadunidense.

Ao longo dos anos tivemos algumas obras-primas, como Resgate do Soldado Ryan e Até o último homem, e algumas bombas, como Pearl Harbor e Códigos de guerra. Mas a maioria dos longas transita da fina linha da mediocridade, com algumas obtendo êxito em serem produções acima da média.

Este é o caso do filme Posto de controle.

Onde o filme peca

Analisando sob uma ótica narrativa, o filme é o suprassumo dos clichês americanos. Uma história baseada em fatos que conta a jornada de um grupo de soldados que luta bravamente para alcançar um objetivo e defender sua nação.

A obra deixa bem claro que seu foco não são os personagens, haja vista que não perde tempo sequer para apresentá-los devidamente. Apenas coloca seus nomes e patentes escritos em tela e morreu Maria. Um ou outro militar tem um pouco mais de destaque, mas a maioria são apenas peças nas mãos do roteirista.

Em decorrência da falta de profundidade dos personagens, as atuações infelizmente ficam comprometidas, pois os atores carecem de um material denso o suficiente para que possam construir personas mais profundas. Mas apesar dos pesares, eles fazem um bom trabalho com o que lhes é dado, em especial nas cenas de confrontos, onde todos brilham na construção conjunta de um sentimento de pânico e desespero em suas performances. Dou um destaque maior a Scott Eastwood, que entrega uma das melhores performances de sua carreira, apesar de não ter o melhor material em mãos.

Onde Posto de controle brilha é no estilo.

Onde o filme acerta:

As cenas de ação são incrivelmente bem filmadas e imersivas. A cinematografia nos transporta brilhantemente para este ambiente bélico. Testemunhamos em alto som e perfeita imagem a brutalidade e os horrores da guerra.

A fotografia também acerta ao escolher por um estilo de filmagem mais contido, usando bastante a câmera na mão e valorizando planos sequência. O uso conjunto dessas 2 linguagens transforma a lente em mais um soldado, e passa ao público a sensação de que ele é mais um combatente no conflito, e não um mero espectador.

Na seara visual, Posto de controle acerta um gol de placa. Mas a simplicidade de sua narrativa, somada com a escassez de profundidade de seu enredo me impede de colocá-la no mesmo patamar de outras produções como os clássicos citados no início do texto

É uma boa experiência, que nos entretêm e imerge na atmosfera conflituosa da guerra do Afeganistão. Mas não é nada que irá marcar a memória ou figurar em listas dos melhores longas do gênero

Todavia, dou crédito aos realizadores por terem entregado um produto final divertido e bem feito. O que é mais que eu posso dizer da maioria das películas desta natureza

Em suma, Posto de Controle é o clássico caso de estilo sob substância, mas feito da maneira correta

Avaliação: 7 de 10.

Ficha Técnica

Criado por: Rod Lurie
Duração: 2 horas e 3 minutos
País: EUA
Gênero: Ação e guerra

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