“Quatro dias com ela” é um filme de 2020, agora disponível no catálogo da Netflix. Dirigido por Rodrigo García e estrelado por Glenn Close e Mila Kunis, é um filme que mergulha na complexidade das relações familiares e no impacto do vício nas pessoas que amamos. Inspirado em uma história real, o filme oferece uma narrativa poderosa, emocionante e cheia de tensão que nos leva a refletir sobre temas como amor, sacrifício e por fim, a redenção.
O filme apresenta uma trama envolvente que se desenrola ao longo de quatro dias na vida de uma mãe, Deb (Glenn Close), e sua filha, Molly (Mila Kunis). Molly, uma viciada em drogas, luta para reconstruir sua vida e manter sua sobriedade, enquanto Deb, sua mãe, enfrenta seus próprios desafios e traumas. A relação entre mãe e filha é profundamente afetada pelos fantasmas do passado de Molly e pela negligência de Deb durante a infância da filha.
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Vale a pena?
A narrativa habilmente construída nos imerge emocionalmente nas complexidades desses personagens. Um roteiro muito bem construído, com diálogos muito fortes, delicados e necessários, te deixa totalmente preso a trama. Glenn Close entrega uma atuação poderosa e visceral como Deb, transmitindo toda a dor e determinação de uma mãe que luta para salvar a filha. Por outro lado, Mila Kunis está com uma caracterização impecável e traz uma vulnerabilidade cativante á Molly, capturando a luta da filha que deseja se curar e se livrar da própria rede de mentiras.
O longa se baseia na história real de Amanda Wendler (Molly) e Libby Alexander (Deb). A inspiração para o roteiro surgiu de um artigo do Washington Post intitulado “Como está Amanda? Uma história de verdade, mentiras e vício americano”, publicado em 2016. O jornalista Eli Saslow escreveu este texto e lhe rendeu um Prêmio Pulitzer devido à sua abordagem corajosa da epidemia de opioides que assola os Estados Unidos.
“4 dias com ela”, assim como no artigo, revela a jornada de Amanda, buscando a ajuda de sua mãe para alcançar uma semana de sobriedade antes de voltar pela 15ª vez para a reabilitação. A história revela as profundezas do vício, destacando como Amanda foi introduzida às drogas na infância após sofrer uma lesão. O tratamento consistiu em uma dose de 120 comprimidos de Vicodin, remédio para dor conhecido por sua alta eficiência, mas também por ser extremamente viciante.
Concluindo:
O filme aborda questões profundas sobre o ciclo do vício e como ele afeta não apenas o indivíduo, mas também aqueles ao seu redor. A jornada de Molly para a sobriedade é marcada por recaídas dolorosas e momentos de esperança frágeis. Ilustrando a complexidade e a crueldade da batalha contra a dependência química.
“Quatro dias com ela” (Netflix) é mais do que apenas um filme sobre vício e recuperação; é uma história sobre amor incondicional, perdão e esperança. Com performances emocionantes de Glenn Close e Mila Kunis, o filme nos leva a uma jornada intensa que nos desafia a examinar nossas próprias relações familiares e a compreender a profundidade da resiliência humana. Além disso, o filme deixa uma marca duradoura, lembrando-nos do poder transformador do amor e da capacidade de superar os traumas do passado construindo novas histórias.
Até que ponto a sociedade compartilha a responsabilidade de lidar com a epidemia de opioides?
Assista o trailer:
Ficha técnica:
Título original: Four Good Days
Ano: 2020
País de origem: EUA / Canadá
Direção: Rodrigo García
Duração: 100 minutos
Classificação: 16 anos
Gênero: drama
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