Atualmente a regra em Hollywood é, reaproveitar propriedades antigas, refazer filmes e séries e inundar o mercado com continuações, reboots e spin-offs. Apagando qualquer traço de originalidade do que um dia fora. Contudo, É sempre bom ver quando algo assim é feito com coração, espírito e mais ainda, doses moderadas de sarcasmo e ironia. Tudo isso é particularmente inesperado (porem, muito bem-vindo), como é no novo filme da Disney Plus “Tico e Teco: Defensores da Lei”
Definitivamente a Disney não prometeu nada e entregou algo muito satisfatório. Um longa que dá uma certa continuidade para a então dupla adorada dos anos 80 e 90, porém não perdendo sua essência. Além disso, o Longa acaba sendo, o mais próximo que um dia chegaremos do inesquecível “Uma Cilada para Roger Rabbit”.
- ‘De Volta ao Baile’ – Filme para os saudosistas
- ‘Bosch: Legacy’ – A série Spin-off que mantém a essência
- ‘Poder e a Lei’ – Singela, mas interessante
Acerta em manter a essência
Entrando em tópicos de filmes que misturam, animação com atores reais, a obra de Robert Zemeckis continua reinando no ópio. Até porque ela consegue transcender essa categorização! Contudo, o Longa estrelado por Tico e Teco (respectivamente John Mulaney e Andy Samberg, eles estão fazendo vozes normais e não alteradas. Uma escolha certeira da produção, para não criar paralelos com aquela outra franquia de esquilos).
É uma bela exploração, muito bem pensada, de uma indústria que vive refazendo tudo e exagerando nas “referências” a todo custo. Mesmo que isso leva a história a um roteiro fraco para agradar devidamente os fãs de todas as idades. Mas isso com certeza não ocorre aqui. O filme Tico e Teco: Defensores da Lei (Chip ‘n Dale: Rescue Rangers) consegue em simultâneo, adquirir a nostalgia das animações que já estivemos habituados um dia; e ser uma aventura divertida por mérito próprio.
Enredo e críticas
O que reúne os dois esquilos depois de eles se separarem quando Teco causa o cancelamento da série original para desvendarem é o sequestro de Montinho, ou Monte, apelidos de Monterey Jack (Eric Bana). Ele lutava contra seu vício em queijo fedorento. Com isso, temos uma viagem aos clássicos de Tico e Teco. a abordagem sobre vício, o que inclui ). Um passeio pela versão Tico e Teco de antros de ópio retratados em diversos filmes clássicos como Era Uma Vez na América.
Com isso acaba trazendo uma linha narrativa de investigação. Que é a desculpa perfeita para trazer de volta os dois ex-amigos. Esse caso forma apenas os alicerces da obra, que está muito mais decidida com as críticas que faz.
Entrega o que promete
Por fim, o filme Tico e Teco: Defensores da Lei, acerta no alvo quase todas às vezes em que atira. Seu problema está apenas na enrolação que o roteiro deixa pela marca da metade do longa. Mas que Schaeffer faz de tudo para compensar visualmente.
Não que a linha narrativa central seja fora dos planos, pois definitivamente não é o caso. E não porque haja coragem e vontade de se mergulhar a fundo na transgressão, já que se percebe alguns freios puxados aqui e ali. Inclusive em participação especial ilustre por vazamentos propositais de um certo personagem azul em sua versão menos aceitável, por assim dizer.
Mas o longa, quando observado abaixo de sua superfície óbvia, repleta de aparições para fazer qualquer fã apontar o dedo para a tela a cada 15 segundos. Consegue triunfar como uma aventura nostálgica e inteligente, que faz das participações famosas e de sua própria premissa, algo que merece destaque diante da mesmice que a fórmula hollywoodiana. Um Filme definitivo para se divertir em família e para tirar o tédio do final de semana.
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Ficha Técnica
Roteiro: Dan Gregor e Doug Mand
Direção: Akiva Schaffer
Duração: 97 minutos
País: EUA
Gênero: Comédia
Ano: 2022
Classificação: LIVRE