Ursinho Pooh: Sangue e Mel pouco inova em suas ideias, e se perde em sua própria trama

Ursinho Pooh: Sangue e Mel pouco inova em suas ideias, e se perde em sua própria trama

Quando os domínios públicos de históras como as do Ursinho Pooh, e outras, caíram em domínio público no começo do ano passado, uma verdadeira centena de ideias rapidamente vieram a tona. Com essa possibilidade, o diretor Rhys Frake-Waterfield viu a oportunidade de reimaginar a obra, numa versão de terror, que virou Ursinho Pooh: Sangue e Mel.

No longa, Christopher Robin vai para a faculdade e não tem mais tempo de cuidar de Pooh e Leitão. Quando a vida dos personagens se torna difícil, eles precisam se virar sozinhos e acabam voltando às suas raízes animalescas.

Mas como o Ursinho Pooh ganhou uma versão de terror?

Quando a ideia surgiu, Rhys Frake-Waterfield se aproveitou dos domínios da obra original terem ficados públicos. Ou seja, significa que qualquer pessoa pode usar os personagens como quiser sem ter que pagar uma taxa, que no caso, seria a Disney.

Ursinho Pooh foi originalmente criado pelo inglês A. A. Milne, em 1926. Todas as obras publicadas naquele ano ou antes passaram a ser consideradas domínio público no início de 2022. Porém, vale dizer que a versõa que todos conhecemos de Pooh (com a camiseta vermelha), ainda pertence a Disney, por ter sido uma criação da própria companhia.

Vale a pena?

Definitivamente, Ursinho Pooh: Sangue e Mel não vale a ida ao cinema. O diretor Rhys Frake-Waterfield, ao criar sua releitura do conto, parece ter esquecido o básico para um filme de terror: A sensação e a fidelidade ao retratar o medo. Vale mencionar ainda que, o diretor não é lá conhecido por ser o mais talentoso da sua classe. A Maldição de Humpty Dumpty, um filme que alguns devem ter visto, exemplifica bem o diretor.

Ursinho Pooh: Sangue e Mel cerece de uma narrativa minimamente interessante, e que sirva como motor para o filme. Aliás, Frake-Waterfield precisa ser estudado, pois ele realmente imaginou que seu filme poderia contar uma história digna, e acabou se levando a sério demais. A partir do segundo ato do longa, fica claro a falta de recursos, ou até mesmo de noção do diretor. Uma ideia que costuma ser muito atrativa nesses filmes, são quando eles assumem a sua própria ruindade, e fazem piada em cima disso. Aqui nada disso acontece. O filme não se entende com ele mesmo durante seus 84 minutos, e tenta chamar a atenção do público com suas cenas de mortes, que sim são bem feitas, o porém é a construção da história que leva até elas.

O filme é fraco, mal detalhado, a caracterização de Pooh é de uma bizzarice sem tamanho. Além disso, tem um elenco que mais parece ter saído de qualquer lugar, menos da área do cinema. O filme se enrosca em várias subtramas que pouco resultam em algo, e mais parece se agarrar a um fetiche de violência masoquista do que qualquer outra coisa.

A versão slasher de Ursinho Pooh saiu qualquer coisa, e meu medo é imaginar as futuras que estão por vir.

Trailer do filme

Avaliação: 1 de 5.

Ficha Técnica

Direção: Rhys Frake-Waterfield
Roteiro: Rhys Frake-Waterfield
Duração: 84 minutos
País: Reino Unido
Gênero: Terror, suspense
Ano: 2023

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