"Amor ao Primeiro Beijo" - O Destino é amar

Filmes espanhóis de romance parece ser um tiro certo no meu coração. Um dos meus favoritos é Nuestros Amantes, que com certeza, não é o melhor, nem mais complexo, mas é certeiro. Seguindo esses mesmos passos, chega na Netflix uma ficção-científica romântica “Amor ao Primeiro Beijo”. Um longa sobre, amor, futuro, escolhas e não escolhas. Um monólogo sobre o destino.

Na película hispânico somos apresentados a Javier (Álvaro Cervantes). Dono de uma editora que consegue prever seu futuro romântica somente com o primeiro beijo. Com isso, ele sempre sabe se uma relação irá da certo ou não. Mas a vida não é preto no branco e ele beija Lucía (Silvia Alonso), namorada do seu amigo e com ela vê o futuro perfeito. Até onde podemos controlar o destino?

Vale a pena?

Madrid, cidade linda, pelo menos no google imagem (mas quem sabe um dia). O longa se passa na bela capital espanhola, com seus ares de ditadura, champions e muito amor.

Javier, desde jovem consegue prever esse seu futuro romântico e com isso vem fugindo. Até beijar Lucía e sentir seu mundo virar, “Achei a mulher perfeita”. O quão chato isso deve ser? Viver fugindo, sem se arriscar, é tenso. Mas ele segue e talarica seu amigo.

Amor ao Primeiro Beijo, por mais que envolva em certos pontos, o casal não tem muita química, nem no começo. Mas isso fica bem melhor quando as previsões de Javier começam a não ser bem o que ele pensa. Outro ponto especial no longa é como as coisas são corridas, não na questão na minutagem, mas no sentimento dos personagem.

O melhor amigo de Javier (Gorka Otxoa) perdoa os dois muito rápido, a traição de ambos os lados. E até volta a conviver, isso em questão de poucos dias (ou meses), os personagens são poucos desenvolvidos, principalmente a autora (que javier é produtor), que é um dos cernes do filme.

Conclusão

O nosso protagonista, vai encontrar seu possível amor no lugar mais inesperado. E essa talvez tenha sido uma boa e previsível sacada. Alguém imprevisível, que não bate bem da cachola, burlando o “sentido aranha” que vê o futuro. Mas ainda sim um estalo muito rápido e quase desesperador do roteiro em não deixar Javier feliz como estava, sozinho. O bom clichê de que todo filme de romance deve acabar com um romance.

Por fim, “Amor ao Primeiro Beijo” que na sua língua materna, se chama “Eres Tú”, chega na Netflix para agradar o seu domingo enfadonho. Um ótimo filme para ver com seu parceiro, amante ou até mesmo sozinho, para se sentir solitário (assim como eu)