Três Cristos (2017) | Filme de drama psicológico estreia na Netflix

Três Cristos (2017) | Filme de drama psicológico estreia na Netflix

O labirinto da mente humana pode revelar histórias muito mais curiosas, assustadoras ou surpreendentes do que imaginamos. Embora muitos longas façam retratos exagerados de distúrbios da mente para tornar a história que contam mais interessante, alguns filmes não se distanciam exageradamente da realidade, proporcionando oportunidades para aprender. Integrando o catálogo da Netflix, Três Cristos (2017) tem chamado a atenção do público e, nesse exato momento, faz parte do top 10 de filmes mais vistos da plataforma de Streaming.

Três Cristos não é necessariamente um filme novo. Dirigido por Jon Avnet (As Duas Faces da Lei e A Árvore dos Sonhos) e com uma modesta bilheteria de US$ 37.788, a narrativa é centrada no estudo do Dr. Alan Stone (Richard Gere), um psiquiatra que decide estudar três pessoas esquizofrênicas.

No longa, Clyde (Bradley Whitford), Joseph (Peter Dinklage) e Leon (Walton Goggins) são 3 homens que acreditam ser a reencarnação de Jesus Cristo. Insatisfeito com intervenções retrógradas à pacientes com doenças mentais e acreditando que poderia “libertá-los” de seus delírios, Dr. Alan se aproxima do trio com o objetivo de entender mais de suas doenças.

Vale a pena?

Chegando totalmente de surpresa ao catálogo da Netflix, Três Cristos é adaptada do livro The Three Christs of Ypsilanti e é baseado em fatos reais.

Primeiramente, quero ressaltar que o filme cumpre bem sua proposta. No entanto, apresenta erros que não poderiam existir.

De início, o longa tem um enorme potencial em expandir sua história além do que foi apresentado. Existe inúmeras possibilidades de narrativas com uma discussão psicológica ou teológica, mas a forma que o filme vai dando seu desfecho é frustrante e prevísivel. Com isso, a produção deixa claro que não se trata de um filme cuja essência seja a psiquiatria, mas uma obra que levará o espectador a refletir sobre a fragilidade da saúde mental.

Em suma, Jon Avnet cometeu um erro crucial ao desperdiçar a oportunidade de debater diferentes faces de Cristo. Por mais que os personagens sejam interpretados maravilhosamente por Bradley Whitford (The West Wing), Peter Dinckage (Game of Thrones) e Walton Goggins (Os Oito Odiados), seus estereótipos teológicos não são bem aproveitados e aprofundados. Bem como há certas particularidades “humanas” em cada um deles, como o fato de Joseph ser um leitor inveterado e Clyde ser obcecado por banhos, ao mesmo tempo o filme nos apresenta 3 homens indo sempre na mesma direção.

Produções como A Ilha do Medo (2010) e As Linhas Tortas de Deus (2022), são exemplos recentes de que filmes psicológicos necessitam de uma enxurrada de interrogações. Três Cristos peca muito nesse quesito e isso tira um pouco da pegada do gênero. No entanto, a reflexão que o filme passa nos deixa com essa enxurrada de interrogações para a vida real, fazendo com que nos perguntemos mais sobre nossa própria mente.

Por fim, o filme não é de todo ruim. Admito que é pouco relevante para pessoas que não são fãs do gênero, mas realmente considero que vale a pena ligar a Netflix e fazer uma pipoca.

Confira o trailer de Três Cristos (2017)

Avaliação: 3 de 5.

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Ficha Técnica

Direção: Jon Avnet
Roteiro: Jon Avnet e Eric Nazarian
Duração: 109 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Drama
Ano: 2017
Classificação: 14

One thought on “Três Cristos (2017) | Filme de drama psicológico estreia na Netflix

  1. É um filme que consegue demonstrar a importância da humanização nos tratamentos psiquiátricos. Demonstra a importância do psicólogo, um trabalho de equipe. Achei extraordinário, vale a pena assistir.

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