Fazer um filme live-action de uma franquia de videogame popular é sempre complicado. Assim que o filme for anunciado, os fãs estarão acompanhando de perto todas as atualizações e irão criticar os produtores se eles encontrarem algo que não seja fiel à história original.
No entanto, filmes recentes como ‘Sonic the Hedgehog’ e ‘Pokémon Detective Pikachu’ têm feito muito sucesso devido ao seu material de origem impecável. Houve muitas adaptações de grandes orçamentos de filmes que foram lançados nos últimos anos e o filme mais recente a entrar no movimento é ‘Dynasty Warriors’, um filme baseado na série de videogame altamente popular de mesmo nome.
É uma adaptação do videogame hack-and-slash japonês que abrange mais de 24 anos e 15 consoles. O filme foi rodado originalmente em 2017, mas não pôde ser lançado por motivos financeiros. Ele finalmente foi lançado em 2021 na China e agora chegou à Netflix para o público internacional.
O diretor Roy Chow queria fazer o filme para homenagear o romance “Romance of the Three Kingdoms” de Luo Guanzhong e a série de videogame que causou grande impacto na indústria de jogos. Infelizmente, ele não conseguiu realizar nenhuma dessas conquistas. O filme é visualmente deslumbrante e a cinematografia de Tse Chungto vai até te impressionar, no entanto, o filme cai por terra quando se trata de contar histórias.
A história segue a jornada de heróis como Liu Bei (Tony Yang), Guan Yu (Han Geng) e Zhang Fei (Justin Cheung) tentando derrubar um senhor da guerra que eles salvaram. Enquanto isso, Cao Cao (Wang Kai), um homem cruel e aspirante a assassino, também está fugindo por tentar derrubar o mesmo homem. Eles navegam por florestas e muitos reinos para finalmente ficar cara a cara com o senhor da guerra. No entanto, eles teriam que passar pelo general e lendário lutador Lu Bu (Louis Koo).
O maior problema do filme é o tempo. O filme teve muito o que cobrir em uma curta duração e, portanto, teve que cortar muitas coisas. É por isso que todas as tragédias que definem o caráter não parecem tão trágicas como deveriam. Por outro lado, as pessoas podem não ser capazes de entender as mudanças tonais no filme também. Em algumas cenas, as pessoas ficarão hipnotizadas pela música de fundo ser fiel ao tom histórico do filme e, de repente, serão apresentadas a guitarras elétricas e efeitos de iluminação ruins que as farão se perguntar se este é o mesmo filme que estavam assistindo há 15 minutos atrás.
No que diz respeito à atuação, o elenco principal é rasoável. Louis Koo como Lu Bu é fascinante e está muito à frente de todos os seus colegas de elenco. Sempre que ele aparece na tela como o lendário guerreiro, algo especial acontece. Wang Kai é não surpreende, nem decepciona como Cao Cao e compartilha uma boa química com um sólido Tony Yang como Liu Bei.
A maior parte do filme é sobre ação e homens tentando lutar uns contra os outros. Existem muitas sequências de batalha e aqueles que já jogaram o jogo sabem que o jogo realmente fez um nome por causa de suas sequências de batalha épicas. Uma das menos piores cenas do filme é sua cena de abertura, onde vemos Liu Bei (Tony Yang) e seus dois irmãos de sangue, Guan Yu (Han Geng) e Zhang Fei (Justin Cheung), ajudando Han oficial Dong Zhuo (Lam Suet) suprimir a rebelião do turbante amarelo.
Os telespectadores conseguem ver muitas batalhas, mas muitas delas são totalmente deixadas por CGI. A batalha final entre o trio e Lu Bu acabou sendo muito ruim por causa de um péssimo trabalho de CGI. Os atores fazem o possível para que o mundo saiba o trabalho árduo que estão fazendo, mas parece que o diretor tinha outra coisa em mente.
Em suma, o filme é visualmente decente e quer fazer as coisas certas. No entanto, é completamente decepcionado por uma narrativa confusa e um elenco ruim. A narrativa do filme também fica comprometida por suas mudanças tonais agitadas e CGI pobre.
NOTA: 1,5/5
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