Este acréscimo ao universo de “Jogos Mortais” é estrelado por Chris Rock como um detetive misantrópico que enfrenta um imitador de Jigsaw.
Em “Espiral“, o último filme do universo “Saw”, os primeiros palavrões chegam antes da marca de dois minutos. O sangue derrama logo em seguida, quando um homem tem que decidir entre ter sua língua arrancada ou ser atropelado por um trem subterrâneo. O fato de o filme ser, em geral, mais sujo e desbocado do que seus antecessores, é sem dúvida um feito. Infelizmente, esse é o único feito notável do filme.
“Espiral” é dirigido por Darren Lynn Bousman (“Saw II,” “Saw III” e “Saw IV”) e escrita por Josh Stolberg e Peter Goldfinger (“Jigsaw”). O filme segue o detetive lobo solitário Zeke (Chris Rock), que a contragosto aceita um novo parceiro (Max Minghella) ao mesmo tempo que um imitador Jigsaw tem como alvo os oficiais corruptos de sua força. Zeke é retratado como um renegado, o raro homem americano que não tem medo de reclamar do politicamente correto ou chamar sua ex-mulher de calúnias misóginas. Ele zomba do protocolo, tortura um informante e tagarela sobre como as mulheres não são confiáveis. Mesmo assim, o filme chama Zeke de “bom policial” e espera que os espectadores torçam por ele contra o assassino.
Embora “Espiral” seja o primeiro filme de “Jogos Mortais” a apresentar um novo estilo de vilão – a motivação, voz e pseudônimo de fantoche são todos diferentes do vilão original John Kramer – não é mais desafiador do que o resto. Seu momento mais resgatável é um acampamento acidental, quando um especialista forense ao lado de um cadáver sem carne afirma: “Ele foi obviamente esfolado”.
A premissa é insincera, na melhor das hipóteses, e, em um momento em que milhões de cidadãos clamam por uma reforma policial generalizada em diversos países, na pior das hipóteses, não deveria existir. Como Jigsaw oferecendo um de seus enigmas fáceis, este filme não é tão inteligente quanto pensa que é.
NOTA: 2/5
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